quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Diálogo com o nosso Rio!... ( Parte 3 )


As revelações não paravam de nos surpreender pela boca de um rio que falava como se fora um livro aberto, e, por quem sentíamos uma grande ternura desde os oito anos de idade, pudera, nem era para menos, quando sabemos que sempre nos recebeu bem durante todos aqueles meses de Verão, para nós já um pouco longínquos, mas que sabe tão bem recordar aquela Passaria transformada em piscina dos jovens da aldeia, que ali se divertiam à vontade ao mesmo tempo que punham cá para fora toda aquela adrenalina, própria de uma juventude que se quer libertar sem prejudicar terceiros! De resto, o nosso amigo rio tem tudo isso bem presente - confidenciou-me - e foi ao ponto de nos revelar ser conhecedor de tantas coisas indiscretas, que não vêm para o caso e que jurou não divulgar e está no seu pleno direito...

-« Por vezes faço escutas, ou melhor ouço as pessoas a falar, falar, bem perto das minhas margens, que são a esquerda e a direita, mas não o faço premeditadamente, só que não posso mudar de sítio e essas mesmas pessoas não percebem que nós temos também essa capacidade de escutar e de seguida guardar, se for caso disso, porque lá está, temos uma "rica" memória!... Sei que se abrem totalmente nas conversas e às vezes até dizem disparates, que não vou aqui desvendar, nem sequer estamos aqui para isso e toda a gente sabe qual é a nossa missão!
Devo confessar que as conversas mais do nosso agrado vêm sempre da juventude, de alguma juventude, que vai buscar os sonhos que lhes são próprios, que os faz andar em frente, numa perspectiva de um dia encontrar a tal felicidade, de que todos falam, mas que bem poucos alcançam, e, que é provável ser conseguida por alguns daqueles que não resvalam por atalhos, depois de se inteirarem do caminho a percorrer, rumo ao objectivo que traçaram e que poderá ser na aldeia que os viu nascer, mas que pode passar ainda por só acontecer depois duma longa caminhada e bem distante, quem sabe, da sua linda e saudosa aldeia!... » ( Continua )

- Um abraço do tamanho do rio Arda!
Nota: Este post é uma cópia do blog PEdorido.com

2 comentários:

  1. Bela continuidade!!! A verdade é que as margens dos rios, bem como do mar, são sítios de contemplação e de reflexão, talvez por isso local onde muita coisa seja dita, prometida e desejada. :)
    Um abraço do tamanho do Universo.

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  2. Na continuidasde do que o comentador acima expressa e que eu com permissão subscrevo o Rio e suas afluentes que é daquilo que o Autor trata, mas que a citação do mar encaixa e muito bem, mas os mortais falam, e eles ouvem e guardam segredos que no corrente das suas aragens aos mais assiduos frequentadores lhes permite uma dedução muito próxima da transmissão e capatação do segredo confiado. Mas é espantoso que essa transmisão semprer e só aontece depois dos confidentes terem nos deixado fisícamente. Não são alucinações interiorizadas,mas sim realidades sentidas.
    RTambém por incrível que pareça e esta verdade é indesmentível e pode ser confirmada o Rio atira para as suas margens com aquilo que não presta e que para si e as suas espécies habitadoras ou frequentadoras não tem utilidade. Mas o rio também reconhece quem lhe quer bem e não tem qualquer tipo de problema que quando alguém nele morre afogado ele, o trazer à superficie para que lhes possam fazer um funeral digno.
    Mas o Rio tem que cumprir e servir e também exige que sejam cumpridas as regras que forçosamente terão de ser impostas.
    A Mãe Natureza não o dotou com cabelo, para que os humanos se possam agarrar e não emergirem. Também não lhe deram a possibilidade de poderem controlar as intepérides e assim controlar as cheias e limitar os seus caudais e subidas das suas margens.
    Mas há um conjunto de regras, que a serem respeitadas; permietem quase na sua totalidade que o perigo exista. Exemplo: o uso de coletes de salvação, o respeito do tempo da digestão, a segurança das embarcações etc. etc.
    Mas o Rio tem outra qualidade :- o encanto e o cativar e fomentar deamizades. Também fácilmente percebem e se adaptam a outras realidades.
    São totalmente receptivos a invovações criativas.
    Sabendo que já o são e no futuro muito mais uma das bases mais importante para a sobrevivência humana, o que pede apenas e exige :- É,Respeito dignidade e amor.
    Talvez o Autor estivesse como todos os autores sérios longe pensar dar uma tão importante ajuda no sentido de que as três obrigações a respeitar venham a ser compridas num futuro próximo.
    Mas água mole em Pedra dura tanto dá que até a fura.
    Os Rios são eternos e vencerão a malvadez de certos humanos.
    É tempo de dizer não às atrocidades. Que me perdoe o Autor o alongamento do Comentário, mas quando se escreve com o coração é difícil sintetizar.

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