segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Conversas entre Filho e Pai!...


É um rio velho, demasiado velhinho, com muitos milhões de anos, mas com uma memória capaz de "meter num bolso" a memória de qualquer elefante, de um qualquer continente, porque se os elefantes não são iguais nem em tamanho, possivelmente, terão outras diferenças genéticas e a memória faz parte da genética!
Ainda se recorda dos seus princípios, e, nem seria sequer um rio, que, só com as profundas e muito lentas transformações da crosta terrestre viria a ganhar tal estatuto! Assim que conseguiu ganhar o estatuto de rio, ficou deveras feliz, por pensar que teria valido a pena os longos e continuados esforços para abrir e dar continuidade a um caminho desde a nascente à foz a que acrescentaram os nomes de leito e de margens, não fossem ser usurpados por muitos outros seres que iriam aparecer por este planeta!... Ouçamos o nosso rio:
-«As lembranças dos primeiros tempos ainda cá moram quase intactas, de resto não foram tempos fáceis e naqueles tempos remotos não poderia ter ajudas de ninguém, estava tudo no início, tudo por fazer, e, o facilitismo, era coisa ainda desconhecida num planeta ainda jovem, quase deserto, repleto de mares em tudo quanto era sítio, e, só muito depois, muito mais tarde, começaram a formar-se os rios e hoje podemos garantir, que, a maior ajuda que tivemos veio do astro, que, naqueles tempos remotos, nem sabíamos que se chamava Sol, que, para o caso, também não tinha nenhuma importância!... Verdadeiramente, só fiquei a saber que se chamava assim, quando há muito pouco tempo, há uns milhares de anos atrás, alguns humanos que começaram a trabalhar as terras por estas paragens, sussuravam junto das margens uma troca de palavras difíceis de entender, mas a palavra Sol era dita e redita e como apontavam para o alto, nem foi custoso aperceber-me de que se referiam ao Sol e notava-se, vía-se até os suores intensos que escorriam dos seus corpos, quase nus, devido ao esforço com que trabalhavam as terras, mas também devido ao calor criador do muito amigo Sol de que falávamos... » ( Continua)

- NÃO BASTA GOSTAR DA NOSSA TERRA, É MELHOR DÁ-LA A CONHECER!

Nota: Cópia do post publicado no blog PEdorido.com

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