Ha´acontecimentos que determinam a matriz de um povo e por vezes torna-se difícil saber o que terá levado esse mesmo povo a ser determinado, teimoso e persistente na procura de algo de que nunca abdica e porque insiste,insiste, lá acaba por conduzir a água até ao moinho!
Vamos directamente à história porque tem um rico conteúdo, tem substância e por via disso merece ser contada, mas aviso já que sempre foi para mim, muito difícil perceber, como tudo terá começado, se é que começou com " alguém "...
-« Estávamos nas décadas de QUARENTA e CINQUENTA e em Rio-Mau como em todas as aldeias, vilas e cidades, o uso de correspondência era grande, e, sempre achei estranho, que tanto as cartas que seguiam para território luso, como para o estrangeiro, no verso do envelope era omitido o nome da freguesia, que, como é sabido, era na época Sebolido. Para efeitos de correspondência e através dos CTT constava sempre CORREIO de ENTRE-OS-RIOS no remetente ao mesmo tempo que Sebolido era omitido, muito embora fosse a freguesia. Devo confessar que nunca pedi explicações sobre o assunto aos meus queridos conterrâneos de Rio-Mau, nem ouvi, nem li qualquer artigo que me viesse elucidar. Apenas arquivei na memória e desde miúdo, um acontecimento colectivo e para mim difícil de entender, dado que na época o regime estava muito atento às " desobediências " e nunca se me constou que houvesse reivindicação num qualquer sentido. Acontece que deixei Rio-Mau com sete anos e daí a minha ignorância quanto ao tema, que gostaria de conhecer melhor...
O que veio a suceder após o inevitável 25 de Abril já é de todos conhecido :- Rio-Mau deixa de ser um lugar de Sebolido e passa a freguesia, só que desconheço como passaram a ser feitos os remetentes das cartas... Será que também aí houve alguma mudança?...
O enigma para mim, e o mais importante, era saber se essa "desobediência colectiva" ( ? ) que já se verificava na minha infância, terá estado na origem, ou não, daquele estado de alma que germina durante décadas e que espera pacientemente para eclodir, qual vulcão, após ter armazenado toda a força interior necessária à ruptura dum colete de forças lá mais para diante e que iria permitir que todo um povo partisse para um outro paradigma mais exigente, mas que iria consagrar um desejo que acalentavam na sua génese!... Os resultados da exigência, se é que de exigência se tratou estão à vista e todos são unânimes em reconhecer que Rio-Mau cresceu muito e tornou-se mais moderno e dá mostras de que não irá parar... Oxalá!
De resto, Sebolido tem também o seu espaço próprio para progredir como se espera, e, sabemos que está a fazê-lo, para bem das suas gentes e do país democrático em que todos estamos enseridos. A verdadeira luta será pelo progresso e pelo bem-estar das populações!
Deu-me particular satisfação relembrar uma história já antiga e que fala do povo a que pertenço!
Sei também que lhe faltarão pormenores que seria importante conhecer, porém, creio que isso também acontecerá com todas as HISTÓRIAS VERDADEIRAS!
UM ABRAÇO DO TAMANHO DA SERRA DA BONECA!
Vamos directamente à história porque tem um rico conteúdo, tem substância e por via disso merece ser contada, mas aviso já que sempre foi para mim, muito difícil perceber, como tudo terá começado, se é que começou com " alguém "...
-« Estávamos nas décadas de QUARENTA e CINQUENTA e em Rio-Mau como em todas as aldeias, vilas e cidades, o uso de correspondência era grande, e, sempre achei estranho, que tanto as cartas que seguiam para território luso, como para o estrangeiro, no verso do envelope era omitido o nome da freguesia, que, como é sabido, era na época Sebolido. Para efeitos de correspondência e através dos CTT constava sempre CORREIO de ENTRE-OS-RIOS no remetente ao mesmo tempo que Sebolido era omitido, muito embora fosse a freguesia. Devo confessar que nunca pedi explicações sobre o assunto aos meus queridos conterrâneos de Rio-Mau, nem ouvi, nem li qualquer artigo que me viesse elucidar. Apenas arquivei na memória e desde miúdo, um acontecimento colectivo e para mim difícil de entender, dado que na época o regime estava muito atento às " desobediências " e nunca se me constou que houvesse reivindicação num qualquer sentido. Acontece que deixei Rio-Mau com sete anos e daí a minha ignorância quanto ao tema, que gostaria de conhecer melhor...
O que veio a suceder após o inevitável 25 de Abril já é de todos conhecido :- Rio-Mau deixa de ser um lugar de Sebolido e passa a freguesia, só que desconheço como passaram a ser feitos os remetentes das cartas... Será que também aí houve alguma mudança?...
O enigma para mim, e o mais importante, era saber se essa "desobediência colectiva" ( ? ) que já se verificava na minha infância, terá estado na origem, ou não, daquele estado de alma que germina durante décadas e que espera pacientemente para eclodir, qual vulcão, após ter armazenado toda a força interior necessária à ruptura dum colete de forças lá mais para diante e que iria permitir que todo um povo partisse para um outro paradigma mais exigente, mas que iria consagrar um desejo que acalentavam na sua génese!... Os resultados da exigência, se é que de exigência se tratou estão à vista e todos são unânimes em reconhecer que Rio-Mau cresceu muito e tornou-se mais moderno e dá mostras de que não irá parar... Oxalá!
De resto, Sebolido tem também o seu espaço próprio para progredir como se espera, e, sabemos que está a fazê-lo, para bem das suas gentes e do país democrático em que todos estamos enseridos. A verdadeira luta será pelo progresso e pelo bem-estar das populações!
Deu-me particular satisfação relembrar uma história já antiga e que fala do povo a que pertenço!
Sei também que lhe faltarão pormenores que seria importante conhecer, porém, creio que isso também acontecerá com todas as HISTÓRIAS VERDADEIRAS!
UM ABRAÇO DO TAMANHO DA SERRA DA BONECA!
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