A actual e futuras gerações que tomem conta destes factos, vividos e sofridos pelos seus antepassados recentes, para que percebam da importância que a viragem que o 25 de Abril veio possibilitar, e, que, a não ter acontecido, não teria dado sequer a hipótese ao autor deste testemunho, se ter apercebido minimamente, de que assistiu aos factos, que participou neles e que fez parte duma sociedade ludibriada, e, o que ainda dói muito, é verificar, mesmo hoje, que ainda há pessoas, alguns são até nossos amigos, mas que ainda não se terão apercebido, que tal como eu, apenas tiveram direito a DEVERES, vivendo na mesma época de CINQUENTA!
Como é bom referir aqui, as provas de lealdade e de companheirismo para com todas as gentes desta vasta zona, por parte do grande rio Douro, do velhinho Arda e do pequeno mas muito útil rio Mau, sem esquecer aqueles saudosos moinhos, assim como toda a vasta e amiga floresta, que, no seu conjunto, tanto ajudaram a suavizar as tremendas dificuldades com que esta esforçada gente foi sendo "brindada" ao longo de décadas!... Só um tresloucado, ou um imbecil, que sempre aparecem ao longo da história dos povos, lhes poderia atribuir culpas, pelos desencantos e sobretudo pela felicidade que sempre escapou aos povos destas lindas aldeias, mas se quisermos ser honestos, por uma vez que seja em toda a nossa vida, iremos encontrar todas essas culpas em seres humanos, que se venderam a troco de quase nada, mas a História irá colocá-los no sítio onde vão parar todos os que merecem ser esquecidos e a nós, os que acordamos para a vida, só nos resta um caminho decente, que passa por alertar os nossos e os filhos dos outros, de que é muito perigoso permitir que a IGNORÂNCIA se volte de novo a instalar na nossa sociedade, porque a seguir é extremamente fácil retirar os DIREITOS e exigir apenas os DEVERES!
A terminar, comove-nos poder voltar a imaginação para umas remadas no maravilhoso Douro ou nos seus afluentes, na companhia de um dos "resistentes" Valboeiros e recordar como foi solidária a sua ligação de muitos e muitos anos com as gentes humildes da região mineira, em que ambos sempre ganharam, sem necessidade de alguma vez ter de ser redigido um qualquer documento entre as partes, já que o respeito mútuo era inequívoco e inquestionável! Está provado que qualquer rio é menos agressivo e mais previsível que o mais pacífico dos seres humanos...
Já não nos espanta, os muitos factos desagradáveis, e, que bem diferentes, para melhor, poderiam ter sido, mas enquanto os rios têm milhões e milhões de anos, os humanos terão a insignificante idade de cento e poucos milhares de anos, o que desculpa, em parte, muitos dos erros que ainda vão cometendo contra si próprios... E até quando?!...
OBRIGADO RIO DOURO!
FIM da 5ª e última REMADA!
UM ABRAÇO PARA TODA A REGIÃO MINEIRA DO PEJÃO!
Bom trabalho amigo. Assim é o que se chama contribuir para a memória futura.
ResponderEliminarEsperamos mais, muito mais.
Abraço
Está a resultar a perfeição.
ResponderEliminarUm trabalho marvilhoso.
Servirá para perpetuar um registo de valor histórico, e que acredito nos tempos vindouros e em futuras gerações voltarão a ter vida própria, com repovoação das suas espécies.
Essa treta em nome da C.E.E. e o interesse privado de alguns tenderá a desaparecer. Terão de voltar a dar ao Rio, suas Afluentes e às Gentes Ribeirinhas aquilo que é pertença sua.
Serão vozes como as nossas com conhecimento de causa que mais tarde ou mais cedo isto se venha a tornar em realidade.
Com a devida Vênia ao nosso Conterrâneo Manuel. Faço minhas as palavras dele, e envio-te essa nossa mensagem.
Esperamos mais, muito mais.
És dotado dessa capacidade.
Também como ele fico feliz por ti.
Um abraço molhado com as águas limpídas do nosso Arda.