quarta-feira, 30 de junho de 2010

As Memórias e as Diferenças!... 2ª parte

Reparem nesta diferença abismal:- « Há cerca de sessenta anos, passou pela nossa linda aldeia e por cá se manteve largos anos, um abade, que se ocupou de forma empenhada - entre outras actividades - em controlar o dia a dia dos namoros cá da terra, duma forma continuada e para isso contou com a ajuda de terceiros, possivelmente convidados, e, que, terão aceitado colaborar nesse esquema, no mínimo degradante... Estamos em crer, que não teriam bem a noção do papel que desempenhavam, mas é bom perceber, que isto só foi possível, porque a igreja católica e o Estado Novo andaram de mãos dadas, e, por via dessa união, os padres, naquela época, tinham um poder que lhes permitia, caso optassem ir por aí, intrometer-se em questões que nada tinham a ver com a confissão religiosa! Este reprovável atrevimento, deu aso a situações que nunca deveriam ter acontecido e que marcaram pela negativa muito boa gente de Pedorido!O pior de tudo isto, é que neste país de brandos costumes, não se assumiu, nem se reparou o que de mal se fez, ou seja, feriu-se a dignidade e a liberdade das pessoas, mas nem a Instituição igreja, nem ninguém, apareceu a dar a cara e a assumir que errou e a pedir desculpas públicas pelo sucedido.»
Ainda hoje, apesar de vivermos num sistema democrático, resiste-se muito a reconhecer os erros de personalidade, num sinal claro de que as deformações de carácter, vão passando de geração para geração e resistem aos regimes políticos, quaisquer que eles sejam...
Ainda a propósito das nossas memórias e das diferenças, ocorreu-me, agora mesmo, imaginar aquele degradante cenário com perto de sessenta anos, transposto para os tempos actuais e para o Pedorido deste novo tempo!... Somos levados a pensar que os cidadãos de hoje, saberiam tomar uma posição de acordo com a circunstância e mais ao jeito das liberdades e direitos que o 25 de Abril veio repôr! É óbvio, que é para aí que vai a lógica do nosso raciocínio!

NOTA: Cópia do Post no blog PEdorido.com

1 comentário:

  1. A Minha Opinião:-
    Li no Blogue Pedorido um Comentário que o autor do Comentário endendia que o autor do Artigo deveria fundamentar mais, deduzo que citar o nome do Padre.
    Nem sempre isso é o mais importante; quando escrevemos sobre casos verídicos e localizamos o personagem não temos obrigatóriamente de citar o seu nome, quem nos lê também deverá ter interesse na pesquisa.
    Se tudo for citado ao pormenor, acaba por perder-se o principal: A motivação.
    A pesquisa é o trabalho mais aliciante que conheço. Estou à vontade para o afirmar porque me tenho dedicado a recolha de testemunhos.
    Por vezes há a necessidade de omitir nomes ou fontes, é para isso que servem novas pesquisas.
    Parabéns mais uma vez ao Autor do texto e ao Comentador do Blogue PEdorido.
    Um Abraço daqui do fundo de Cancelos/Sebolido.

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