Há coisas que gostamos muito de fazer, mas há outras que nem por isso, mas que aceitamos fazer por razões várias, quando mais não seja, por entendermos que não devemos sobrecarregar os outros, que já estão ocupados e porque não seria justo, não percebermos, que as tarefas divididas, alivia uns e outros, pena é que os exemplos gerais das nossas sociedades, não apontem muito para outro tipo de divisões e os resultados dos egoísmos desenfreados e das vaidades exacerbadas, estão a pôr em risco os pilares de valores que eram considerados os barómetros dessas mesmas sociedades em tempos que já lá vão...
Quem será o culpado e onde mora? Será mesmo que haverá culpados para ser apontados a dedo, ou será que tudo isto tem vindo a acontecer, depois que os humanos "descobriram" que o que é bom para eles e para o planeta é o sucesso individual, mesmo que isso ponha em causa os outros sucessos todos, onde estão a restante sociedade, os outros animais, as árvores e até a vida no planeta?!...
Parece-nos que os desiquilíbrios estão a ficar mais desiquilibrados, mas será que isto é verdade? As vidas nunca foram fáceis para os povos e quem no-lo diz é a própria história desses mesmos povos e basta conhecer o essencial da nossa história, a caminho dos novecentos anos, para concluir, ou para tirar ilações do que foi a vida dos portugueses desde o Condado Portucalense...
Este mês de Abril, carregado de verdura e de flores, de todos os tipos e de todas as cores, onde incluímos as dos arbustos selvagens, transporta consigo como que uma força oculta, que consegue "arrancar" as pessoas da rotina e convidá-las a sair de suas casas, deixar para trás os meios urbanos, que tanto nos "prende" e embrenhar-se a pé, através de uma natureza, toda ela mais verde, mas sobretudo cheia de paz e de um sossego, que tantas vezes é quebrado pelos variados cantares dos pássaros, a maior parte já nossos velhos conhecidos, mas por vezes somos despertos pelo chilreio de um ou outro que não sabemos distinguir sequer de que pássaro se trata, mas que pouco importa, porque o que conta é que são bonitos, possuem cantares lindíssimos e nunca desafinam ... Desde que me conheço e me dei conta destas envolvências com a natureza, logo nos primeiros anos da minha meninice e naquela linda aldeia do Douro, reparo que ainda tudo é tão igual na natureza, sem avanços nem recuos, pelo que me é dado notar e quero acreditar, que não há ali qualquer desiquilíbrio e por esse lado, parece-me, que o cenário não terá sofrido qualquer alteração!...
Enquanto que no terreno dos humanos, as descobertas científicas nos últimos sessenta anos foram mais que muitas e em todas as áreas, porque será que não conseguiram convergir para o equilíbrio e até fizeram pior, basta ver os desiquilíbrios actuais na sociedade portuguesa para se perceber que não "bate a bota com a perdigota"...
Nos meus caminhos de Abril, com a natureza verde e tão verde, com os pássaros irrequietos e palradores, com um comportamento tão igual e tão feliz como o dos seus antepassados naquelas terras durienses de tempos passados, apetece-me perguntar:- « QUAL SERÁ A DIFICULDADE OU DIFICULDADES, QUE IMPEDE QUE OS HUMANOS, NÃO CONSIGAM OS MESMOS EQUILÍBRIOS QUE SERES MENOS INTELIGENTES VÊM CONSEGUINDO?!... »
Muitas ilações certamente agora ou no futuro serão frutuosas, num tempo que se espera breve.
ResponderEliminarO egoísmo do ser humano não é de ontem, nem de hoje, mas que tem vindo a proliferar-se nos tempos mais recentes.
Tempo virá que baterá no fundo e, esses parasitas vão arrepiar caminho.
Fala a sabedoria popular e essa nunca se engana:- Não há males que sempre dure.
Parabéns pelo magnifico trabalho.
Por último com um único pedido, esperar que brevemente nos brindes com mais.
Fico feliz por poder contar contigo no meu grupo de pessoas que admiro.
Pois Pikó,um país alicerçado no desequilíbrio, em que as desigualdades são o pão nosso de cada dia.
ResponderEliminarExcelente post!
ResponderEliminarA verdade é que devido ao comportamento humano e ao seu egoísmo, até a natureza tem sofrido alterações (as estações do ano chegam QUASE pontualmente), mas a verdade é que os pássaros não mudaram os seus cantos com a modernidade. :)
Um beijo do tamanho do MUNDO