sexta-feira, 16 de abril de 2010

OS VERDES E AS FLORES DA PRIMAVERA!

Agora que as temperaturas "acalmaram," as caminhadas ou uns simples passeios pedonais permitem-nos apreciar e mesmo contemplar como bela é a Primavera!
Com toda a certeza que as árvores terão os portes da nossa meninice e o verde será o mesmo, mas também é verdade que uma ou outra espécie serão uma novidade, vindas sabe-se lá de onde, mas muito provàvelmente de algum ponto do nosso litoral, ou então dum dos muitos locais do nosso interior, estou a lembrar-me do Gerês, onde há uns anos atrás me recordo ter visto certas plantas e até árvores que foram novidade e que a altitude, as temperaturas amenas e a humidade explicarão bem melhor que quaisquer outras conjecturas...

É bem verdade, que há uns cinquenta anos atrás, só nos grandes centros urbanos e nas principais cidades deparávamos com jardins e canteiros públicos bem estruturados e floridos, mas, depois de Abril de 1974, aos poucos, foi-se generalizando e o hábito está espalhado por todas as cidades e vilas e ainda por grande parte das aldeias, que se tornaram ainda mais atraentes, sobretudo com a chegada da Primavera, porque as flores tornam os canteiros ou as rotundas um verdadeiro prazer para os olhos de quem passa e que não pode ficar indiferente a tanta beleza e diversidade!
Infelizmente, "nem tudo são rosas" e há vários dias nas minhas caminhadas de fim de tarde, fui surpreendido com uma atitude de um ou mais humanos que pela calada da noite - pensamos - terão tido o atrevimento de retirar uns dois pequenos arbustos rasteiros de um dos canteiros públicos, mesmo marginal ao passeio, abrindo uma clareira que ficou a notar-se à vista desarmada e ainda tiveram o desplante de espalhar uma certa quantidade de terra pelo passeio, em cerca de vinte metros, como que a deixar a marca do "crime"... Este tipo de atitude, não dignifica o ser humano e só vem provar que há ainda um caminho longo a percorrer no sentido da responsabilização individual, compatível com o que deverá ser uma Democracia moderna e exigente e que só poderá ser conseguida através do empenho dos cidadãos!
Há dias atrás, contava-me um amigo meu uma outra história passada na sua rua, em que um vizinho volvidos oito anos, "obrigou" um outro vizinho a retirar uma pequena planta, ( arbusto ) bem linda por sinal e ainda florida, só porque resolveu inventar argumentos sem cabimento, enquanto fazia saber que o seu arbusto não seria para retirar! Ou seja, retiras o teu arbusto, mas eu não retiro o meu... Tal e qual! Conseguiu o seu objectivo, porque ainda há criaturas que preferem ficar prejudicadas, e, com o apoio de outro vizinho, trataram de transferir o lindo arbusto para uma outra zona e estão a fazer todos os esforços possíveis para ver se ainda o conseguem "salvar"...
Estas situações "trazem à baila" as fragilidades ainda muito latentes na nossa sociedade, porque não se muda do dia para a noite!... As mudanças para melhor nas pessoas, levam uma vida e quando se consegue um feito desses é razão mais que suficiente para se fazer uma festa!... A mesquinhez, o egoísmo, a inveja e outros preconceitos interiorizados desde a infância, estão em profunda contradição com as sociedades solidárias, porque são doenças que dividem muito as pessoas, criam todo o tipo de quezílias e tornam-nas infelizes...
A esperança essa nunca vai morrer, porque acompanha sempre todas as causas merecedoras do empenho dos que não desistem, e, que sabem, que vai valer sempre a pena estar do lado dos justos e dos oprimidos!
Há até quem lhe chame uma "guerra" que não mais parará, mas eu prefiro o termo "batalha", porque as guerras dos povos e que nós estudamos na História, eram um conjunto de batalhas e por esse prisma esta será uma das "batalhas" do nosso tempo, e nós, tal como os nossos antepassados, estamos na firme disposição de "guerrear" para que o bem prevaleça sobre o mal!

1 comentário:

  1. São estes alertas de que carecem muitos aqueles dos nossos Jovens que ainda não foram contaminados com o viruz da malvadez.
    Incompreensivelmente muitos garotos da nossa geração foram acumulando principios que em nada os dignificaram e hoje com o avançar da idade apenas e só pioram e tornam mais gravosas e prejudiciais, não olhando a meio para alcançarem fins.
    Apenas e só olham para o seu úmbigo.
    Costumo dizer a Jovens das nossas aldeias, nascem, vegetam e morrem e ninguem terá saudades em os recordar.
    Não me surpreende o conforme magnifíca como o tema é desenvolvido.
    Espero por mais.
    Parabéns e muita força.

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