segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Surpresa, ou talvez não!...

Percebe-se, ou melhor, sente-se um rebuliço enorme no mundo financeiro e a agitação vai de um extremo ao outro do planeta, e, parece, que, já não haverá grandes dúvidas das grandes alterações nas maiores economias mundiais, e, fala-se até, numa troca de lugares para os próximos tempos entre a poderosa América e a China, quando, até se sabe, que este colosso do Oriente detém uma boa parte da dívida externa americana... É já um bom começo, para os dirigentes chineses, claro!
Entretanto, as últimas novas vêm lá dos confins do planeta e queremos acreditar que terão deixado muito boa gente de "cara à banda", porque não esperariam que Timor Leste, pela voz do seu presidente, seja mais um dos candidatos a comprar parte da dívida ao estado português!... Então, este não é aquele pequeno país que há tão pouco tempo teve graves problemas após a descolonização, devido à ocupação indonésia e à divisão interna que se gerou com a criação dos vários partidos políticos a favor da integração na vizinha Indonésia, enquanto a Fretilin mantinha o seu grito de "indepedência ou morte"?!... Este, não é aquele pequeno país, despido de quaisquer estruturas, que só sobrevive com as ajudas externas da ONU, do antigo país colonizador que foi Portugal e de outros países desenvolvidos?! Nem nos compete "meter foice em seara alheia", quem somos nós para o fazer, mas como somos português e não temos a memória curta, ainda trazemos bem presente, como se vivia nas aldeias, ali, junto das margens do Douro no final dos anos quarenta e décadas que se lhe seguiram!... Aquilo era como que uma espécie de "fado triste" e repetido até à exaustão, sem queixume, aparentemente, e sem protestos, daquelas boas gentes a quem o analfabetismo tolhera o descernimento, tornando a vidinha fácil a quem lá longe na capital do Império manobrava a bel-prazer, ano após ano, e, por via disso, apetece-nos "trazer à baila" o velho ditado popular, quase gasto e meio esquecido e que "rezava" assim:- «Os meus burrinhos é que me fazem doutor!...»
Esta "cena", como diz a "malta" deste novo tempo, durou tempos infinitos e pagou-se uma factura quase impossível de contabilizar, uma vez que várias gerações trabalharam toda uma vida com direitos mínimos e insuficientes e a troco de miseráveis salários! Este ciclo era repetitivo, e, no entanto, "falava-se à boca pequena", que os cofres do Estado estavam cheios de dinheiro e de barras de ouro, mas que nunca se abriram, nem por uma vez, a favor de um povo que merecia "sair da cepa torta" e rumar a uma vida mais digna, mais humanizada!...
Será que a História irá repetir-se, agora, lá longe, naquele pequeno país "encravado" entre as ilhas Indonésias e a grande Austrália e que dá pelo nome de Timor-Leste e que traduzido para a língua maubere dá Timor Lorosae?!...
Pela parte que nos toca, desejamos ao povo maubere um futuro digno desse nome, mas não há "fogo sem fumo", e, se às notícias, que já vieram a público, juntarmos algumas das nossas más experiências de tempos mais antigos, teríamos como resultado um "caldinho" bem difícil de tragar para os timorenses!...

Etiquetas: Timor Loro Sae, economia mundial, descolonização, ONU, Austrália, Indonésia, povo maubere, petróleo.

2 comentários:

  1. Certamente saberás que Timor Leste dispôe de Petróleo.
    Um povo martirizado pela Guerra e pelo sofrimento que passou sabe melhor que ninguém saborear o pouco que de bom possa desfrutar.
    Tem a felicidade de ter dirigentes que foram heróis de uma luta pela Independência mas que sabem honrar com toda a dignidade e patriotismo a Pátria que muito ajudaram a construír.
    Os dirigentes incluíndo O Ramos Horta são gente de bem com provas dadas anti-corrupção.
    A oferta para a ajuda é real e não surpreende.
    É Gente que sabe reconhecer.
    Depois de Angola na ajuda que nos tem vindo a prestar. Este é mais um nobre exemplo.
    Quando falas das nossas gentes do Douro, já aí o Senhor de Penafiel exigia que as primeiras lampreias lhe fossem entregues com renda indiferente à miséria porque passavam os pescadores.
    No tempo do Ditador. O meu Avó viveu uma vida a trabalhar e nunca teve direito a um testão de Reforma ou subsídio algum.
    Assim é fácil juntar barras de Ouro.
    Quanto aos que nos desgovernam no momento actual. Sabe-se a estratégia que utilizam.
    Água mole em Pedra dura!!! Tanto dá até que a fura. Acredito que será uma questão de tempo.

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  2. Pois é Amigo Piko, a história tem destas coisas, quem diria que Timor se prestaria a oferecer ajuda ao Colonizador? só se espera que não descurem a ajuda aos seus naturais, onde parece que as necessidades ainda são muitas.
    Um abraço
    Virgílio

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